08/07/2022
Por Thiago Marques
O pai ta on!!
Anunciado em 02 de dezembro de 2021, e lançado em abril de 2022, o novo pilar do Well Architected vem como uma forma de respostas a um dos temas mais discutidos no mundo nos últimos anos: proteção ambiental.
Nesse post vou mostrar os princípios do pilar, e passar por algumas das principais boas práticas.
Well Architected Framework – Pilar Sustentabilidade
Em 2019 a Amazon já havia demostrado o tom de importância no assunto, quando anunciou a participação no the climate pledge, onde fechou um compromisso de impacto líquido zero em carbono, que previa:
• Adiantamento de 10 anos em relação ao acordo de Paris;
• 100% de uso em energia renovável até 2025;
• 50% de entregas com impacto líquido zero até 2030;
Atualmente mais de 50 galpões (CDs) da Amazon tem energia solar, e já encomendaram mais de 10mil veículos elétricos para entregas para o Amazon Prime.
Possivelmente para garantir a sustentabilidade de fim-a-fim, a Amazon decide então padronizar como um pilar de boas práticas, a fim de disseminar o mesmo grau de comprometimento para as empresas dentro da nuvem.
O novo pilar
Junto com o pilar de sustentabilidade foi criado também um modelo de responsabilidade para o mesmo (bem similar ao modelo de responsabilidade compartilhada da AWS), onde a AWS é responsável pela sustentabilidade DA nuvem o do cliente NA nuvem.
Nesse contexto o objetivo principal da AWS é provocar o pensamento e a análise dos clientes quando ao impacto ambiental que seu workload tem no mundo, analisando métricas que vão desde o tipo de mídia que você deixa armazenado seus dados de long term, até a retro compatibilidade que seu workload possui com dispositivos mais antigos.
Além disso a própria AWS já disponibiliza no Cost and Usage Reports, métricas de emissão de carbono que a sua conta gera.
Para garantir e/ou ajudar os clientes a terem essa consciência, temos os 6 (seis) princípios do pilar:
1. Compreenda seu impacto: Que tem o objetivo de você começar a analisar os dados do seu workload no que tange a sustentabilidade. Isso pode incluir desde o impacto energético até mesmo o descarte de produtos e matérias que ele tem. Assim o principal ponto nesse princípio é criar KPIs para avaliar o impacto, e assim conseguir estabelecer planos para mitigá-lo.
2. Estabeleça metas de sustentabilidade: Se o primeiro princípio visa você TER o dado, esse ajuda a dar mais um passo, provocando agora a estabelecer metas de longo prazo. Isso envolve muitas vezes mudanças de arquitetura tecnológica que estão diretamente ligadas a outros pilares. Alteração de uma arquitetura monolítica para microserviços é um planejamento de médio/longo prazo que encaixa bem nesse princípio.
3. Maximize a utilização: Princípio totalmente prático, que assim como o anterior faz um ‘cross-over’ com outros pilares como performance, custos e excelência operacional. Nesse ponto o principal objetivo é atender o ‘stop guesting’, ou seja, se utilizar aquilo que precisa. Usar um ASG que escale com 70 ou 80%, ou até mesmo utilizar o Compute Optimizer para avaliar se tem instancias subutilizadas;
4. Antecipe e adote ofertas de hardware e software mais eficientes: Princípio interessante, a AWS investe sempre na atualização de hardwares que suportam a nuvem, e muitas vezes oferece tradeoffs muito valiosos para realizar o upgrade. O ponto aqui é garantir que seu workload, está utilizando máquinas e aplicações atualizados, pois em teoria eles são mais otimizados, e assim agridem menos o meio ambiente;
5. Use serviços gerenciados: Outro cross-over. Usar serviços gerenciados garante ‘menos’ responsabilidade no modelo de sustentabilidade, pois toda a administração passa a ser também da AWS. Assim utilizar o lifecycle do S3, ASG, Fargate e RDS são pontos principais aqui.
6. Reduza o impacto de seus workloads em nuvem: No último (mas não menos importante princípio), temos um dos que mais gosto que é de fato reduzir o impacto do workload, e nesse ponto a AWS cobra o cliente a fazer o mesmo que ela, ou seja: se preocupar com o ciclo completo do workload. Aqui o princípio provoca o cliente a fazer testes com farms de dispositivos e ver o impacto (em caso de um workload com uma aplicação), ou mesmo cobrar seus fornecedores que sigam princípios de sustentabilidade.
That’s all folks! Be Happy!!!
Thiago Marques
Technical Account Manager
thiago.marques@darede.com.br
Technical Account Manager da Darede, formato em Rede de Computadores, e pós graduado em Segurança da Informação. Possui ampla experiência em Datacenters e Service Providers, além de ser um entusiasta em DevOps e mercado financeiro.